Não
me interessa a segurança das terras conquistadas,
Tudo que aprendi até aqui é quase nada,
Se os pés algum dia tiveram raízes,
Hoje os braços são asas largas.
Tenho uma sede voraz de beber o mundo,
Meu inspirar aspira o profundo,
E me faço cega, surda e muda,
Ao que não quero ver ou escutar,
Ao que seria o desperdício da palavra,
No simples ato de falar.
Só me interessa Ser no estar de cada instante,
Inteiramente entregue, presente, constante.
Aos que se aprisionam nas trilhas atravessadas:
Quero o desbravar de novas caminhadas,
E a paz de estar junto à vida conciliada.
Deixo tudo, levo nada!