terça-feira, 2 de junho de 2015

Viajante



Não vejo graça na piada,
Que tantos cismam em contar,
Não riu na mesma roda,
Que essa gente insiste em dançar.

Minha nota é dissonante,
Não tem como encaixar,
A melodia dos ventos,
O que a brisa teima em soprar.

Faço assim o meu caminho,
Que se abre com meu próprio pisar,
Ando só, mas não sozinho,
A boa gente a me guiar.

Principio para o infinito,
Abrindo as porteiras de mim,
Entre o silêncio e o grito,
Entre o início e o fim.

Me lanço para além,
De onde as vistas podem alcançar,
Sem alardes, sem conclames,
Vou desbravando o além mar.

Não há razão de temer ir,
A cada passo dado,
O precioso ganho,
É a descoberta de si!




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