sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Pensar ou não pensar? Eis a questão!





Vivemos em uma sociedade que de modo global “oferece” aos indivíduos uma gama de preconceitos no sentido mais específico do termo que é de conceitos preconcebidos, os quais foram e continuam incessantemente a serem (re) construídos através de uma trama complexa de fatores que possuem valor adaptativo ou não a depender do contexto em que se originam e perpetuam, possuindo nessa construção desde a influência histórico-cultural na quase “determinação” de nossos juízos de valores até uma economia de esforço neurocognitivo o qual se dá por ser mais "fácil" reproduzir do que questionar, modos de ser, existir e pensar, construindo, portanto lentes sobre as quais buscamos enxergar e ler o mundo.
A sociedade ocidental dentro do paradigma do capitalismo e a sua consequente ética normativa tem conseguido nortear a conduta moral estabelecendo determinados padrões, através da oferta de uma gama incontável de construções falaciosas que por um “automatismo” reproduzimos irrefletidamente, tamanho o status naturalizador em que se encontram. No Brasil possui é claro as suas características peculiares como em todos os demais países, mesclando-se sempre à realidade conjuntural de cada local.
Se nos tornamos capazes de identificar esses clichês mentais que foram construídos socialmente ao longo de gerações como se fossem sistemas coerentes ainda que não passem de sofismas e o refutarmos segundo a racionalidade, nos tornaremos capazes de efetivamente pensar com a própria cabeça e alcançar certo nível de autonomia que a maioria por um paralogismo parece ainda se quer suspeitar, seguindo suas vidas atreladas a construções completamente alienadas do que se pode chamar de lógico, coerente e até mesmo verdadeiro, ainda que se deva ponderar e reconhecer a relatividade da verdade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário