sábado, 10 de novembro de 2012

Natural é ser da natureza




Quem já viu o sol nascer e aplaudiu o sol se pôr, quem tomou banho de mar, de rio, de luar, ah quem vislumbrou uma noite estrelada na varanda, na sacada de sua casa ou em uma estrada de terra, somente pela lua iluminada, quem viu a flor desabrochar ou a cheirou desabrochada, quem já quis voar feito passarinho, quem viu o cair da chuva e não tentou se proteger, quem não vendo ou ouvindo, sentiu o cheiro da terra molhada, quem caminha a passos largos ou curtos nessa estrada.

Quem sentiu esperança e sorriu bobo feito criança, se encantou com o arco-íris, mesmo que seja em um lampejo, com uma música ou uma dança, quem cantarolou uma canção, quem já se pegou rindo de si, quem já suspirou e não abre mão da própria companhia tanto quanto dos bons encontros, quem não espera o fim do ano pra se renovar e apesar das dificuldades torna a abrir os braços e ir à vida tão múltipla e colorida, ah, teve um momento de luz e de pureza, sentiu no peito essa certeza mesmo sem poder evitar depois vim a vacilar... 

Por certo vibrou com essa verdade que parecia se revelar, é sempre a mesma e é sempre tão nova, atenuando as diferenças, superando qualquer crença, avassaladora, chega sem pedir licença, verdade rica a nos irmanar, quem se surpreendeu com o ser humano e se deu conta que ele é um oceano, percebeu essa sede de ser feliz que em todos os homens se revela e afirma em uma essência comum que jamais se contradiz. Essa constatação pelos múltiplos sentidos, com todos os desafios e convites que acaba por nos fazer, tão sútil em nos pedir, a cada coração pertence e cabe a cada mente refletir.




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