Em um lar mesa farta é mesa aonde
quem chegar é bem vindo para se alimentar, mas, sem excessos, que é para evitar
o desperdício ou comer em demasia. Em um lar confraternizar é brindar sem se
conduzir a embriagues ou a euforia, mantendo a tranquilidade e a alegria. Em
uma família unida o maior presente é a presença e O aniversariante não é
substituído por Noel, mantendo-se como convidado especial, sem perder o seu
papel. Que nessa época que nos convida à harmonia e à reflexão, ás luzes da sabedoria,
da paz e do amor se mantenham acesas ao longo do ano em nosso coração.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Mentir ou falar a verdade? Eis a questão!
Certamente a segunda a opção. O homem desiste de utilizar a
mentira como meio para atingir determinado fim, quando percebe que não pode se
enganar, que não precisa fingir e que o mesmo respeito que reivindica para si,
deve ter também para com os demais. Muitas vezes justificando a sua
utilização devido à fragilidade ou ingenuidade do semelhante para lidar com a
realidade dos fatos, é nesse sentido, muito mais um pretexto para desculpar a
falta de determinação e porque não dizer também de coragem que se faz
necessária para expor a verdade com sinceridade do que uma tentativa de
proteção ao próximo. Além do mais, é preferível uma verdade difícil de
ser digerida no primeiro momento do que uma mentira que acalente e que depois
de descoberta venha a machucar muito mais, causando apenas um falso bem estar e
ilusão momentâneos.
Isso
é claro não significa dizer que devemos adotar atos extremos, é preciso
ponderar e agir com a razão, se um semelhante se encontra por exemplo
vivenciando um turbilhão de problemas e podemos aguardar para compartilhar
determinada notícia ou situação quando ele estiver em melhor condição de ouvir
e digerir aquela realidade, devemos fazê-lo, sob pena de estarmos agindo sem
solidariedade, tornando o ato de dizer a verdade um ato cruel, essa é única
circunstância que consigo imaginar ser cabível a breve omissão, até que o
próximo se recupere e tenha condições de lidar com a situação.
Entretanto,
não é assim que temos agido e no dia-a-dia, multiplicam-se as pequenas
mentiras, chamadas de desculpas que passam a fazer parte da rotina, o atraso é
justificado pela demora do ônibus e não porque se saiu mais tarde do que
deveria de casa, a culpa é do trânsito (o que muitas vezes acontece realmente),
das contingências exteriores e nisso vamos nos infantilizando com ações
completamente desnecessárias que nos mantém omissos a demanda fundamental que é
de tomar a responsabilidade para si.
Certamente, o pior dos seus usos é quando a mentira é utilizada de modo
deliberado, com má fé, tendo por objetivo algum ganho pessoal e mais ainda
quando traz qualquer sorte de prejuízo para outrem, sem saber que o maior
prejudicado acaba por ser o próprio. Na estrutura em que nos encontramos,
no modo em que estão tecidos os laços sociais, há quem diga que a mentira se
faz muitas vezes necessária e é inclusive esperada, a verdade geraria um grande
incômodo diante de uma engrenagem que se utiliza dela como mecanismo importante
de funcionamento.
Há
quem diga também que uma mentira contada muitas vezes se torna verdade, mas,
ela é apenas uma mentira multiplicada com status de verdade, outros, inclusive
cientistas que investigam sobre a evolução da espécie, chegam a atribuir o
uso de tal dispositivo como um dos principais elementos para o desenvolvimento
cerebral, devido a necessidade de um maior nível de complexidade na elaboração
cognitiva que é exigida para mentir e chegam a estipular o número de mentiras
que se contam durante o dia. Para além dessas concepções, talvez um dos
questionamentos pertinentes na atualidade possa ser, qual a verdade sobre a
mentira? Sobre que bases ela se constrói? Qual a influência da cultura nisso?
Em um país como o Brasil o que significa o jeitinho brasileiro?
Mesmo
os mentirosos compulsivos, não gostam de ser enganados e é possível modificar
essa lógica de funcionamento social, o que precisamos pensar é como fazer com
que isso aconteça. Certamente, a medida que a estruturação da cultura vá se
modificando, permitindo ao indivíduo ser quem ele é, sem necessidade de
dissimulação ou uso de máscaras, educando as crianças não só com belas palavras
mas, a partir do exemplo para que se tornem adultos mais maduros, capazes de
arcar com suas responsabilidades, buscarem suas conquistas de modo legítimo,
pensarem e agirem de modo claro e com retidão, a partir do
desenvolvimento da consciência ética e crítica que só pode acontecer com
uma educação realmente integral (moral e cívica) deixaremos de utilizar a mentira
como muleta ou ferramenta para as mais variadas funções, reconhecendo que
a verdade tem força própria.
Nesse
sentido, levando em consideração e buscando relativizar a cerca das muitas
verdades e ilusões de cada sujeito é que a sinceridade, companheira fiel da verdade
deve ser ponderada. Afinal o que é mesmo dizer a verdade? O que significa ser
sincero? Há pessoas que com o perdão da palavra, vomitam verdades (as suas), de
forma tão áspera que atingem o outro (com ou sem intenção) causando muito mais
mal do que bem e quem de nós em um excesso já não agiu assim? Entretanto, ser
sincero não significa grosseria ou rudeza, pelo contrário, é necessário grande
sensibilidade e respeito pelo outro sendo então um grande desafio que estamos
todos convidados a encarar.
Vamos
vivendo, caminhando, aparando arestas e durante a caminhada, vamos descobrindo
que o nosso compromisso primeiro precisa ser com a própria consciência. Se em
1º de abril é o dia da mentira, no dia 03 do mesmo mês é o dia da verdade, tão
pouca divulgada, mas, com certeza já é tempo de começarmos mesmo que mansamente
até ajustarmos o passo, lhe prestarmos o devido valor.
sábado, 10 de novembro de 2012
Natural é ser da natureza
Quem já viu o sol nascer e aplaudiu o sol se pôr, quem tomou
banho de mar, de rio, de luar, ah quem vislumbrou uma noite estrelada na
varanda, na sacada de sua casa ou em uma estrada de terra, somente pela lua
iluminada, quem viu a flor desabrochar ou a cheirou desabrochada, quem
já quis voar feito passarinho, quem viu o cair da chuva e não tentou se
proteger, quem não vendo ou ouvindo, sentiu o cheiro da terra molhada, quem
caminha a passos largos ou curtos nessa estrada.
Quem
sentiu esperança e sorriu bobo feito criança, se encantou com o arco-íris,
mesmo que seja em um lampejo, com uma música ou uma dança, quem cantarolou uma
canção, quem já se pegou rindo de si, quem já suspirou e não abre mão da
própria companhia tanto quanto dos bons encontros, quem não espera o fim do ano
pra se renovar e apesar das dificuldades torna a abrir os braços e ir à vida
tão múltipla e colorida, ah, teve um momento de luz e de pureza, sentiu no
peito essa certeza mesmo sem poder evitar depois vim a vacilar...
Por
certo vibrou com essa verdade que parecia se revelar, é sempre a mesma e é
sempre tão nova, atenuando as diferenças, superando qualquer crença,
avassaladora, chega sem pedir licença, verdade rica a nos irmanar, quem se
surpreendeu com o ser humano e se deu conta que ele é um oceano, percebeu essa
sede de ser feliz que em todos os homens se revela e afirma em uma essência
comum que jamais se contradiz. Essa constatação pelos múltiplos sentidos, com
todos os desafios e convites que acaba por nos fazer, tão sútil em nos pedir, a
cada coração pertence e cabe a cada mente refletir.
domingo, 28 de outubro de 2012
Segurança Insegura.
A forma como se articula a
segurança pública, mesmo em países democráticos como o Brasil tornam este
dispositivo mais coercitivo, do que um real suporte que garanta uma eficiente
regulação do comportamento idealizado que o indivíduo deve adotar para conviver
em sociedade. No dia-a-dia, facilmente o cidadão passa a ser aquele
que possui apenas deveres, sendo negligenciado em seus direitos. Quantas
pessoas já não temeram algum ato de violência ou viram-se vítimas do abuso de
autoridade daqueles que deveriam lhe proteger?
Sem sombra de dúvidas é um quadro complexo em que não se pode reduzir a
dimensão de culpado e inocente, vítima e algoz, além disso, trata-se de uma
área de atuação muito delicada com várias demandas e pendências a se
solucionar, dentro de um contexto de influência histórico-cultural sui generis
como é o brasileiro. Entretanto, há um fato que
não se pode negar, em todos os níveis e cargos desse dispositivo, de
juízes à delegados, passando por agentes penitenciários e policiais que se encontram
na ponta da lança, precisa-se urgentemente de profissionais qualificados não só
no campo da instrumentação mas também e fundamentalmente no campo ético, com
autoridade, mas, sem autoritarismo para que esse formato de lança seja desfeito
e uma nova figura mais apropriada possa emergir.
A
mesma lógica faz com que profissionais da área da saúde, especialmente médicos,
se sintam pouco atraídos em trabalhar junto à atenção primária, em unidades
básicas de saúde, como se atuar em tal área fosse de certo modo um desperdício
de todo o conhecimento que se adquiriu durante a formação e o local apropriado
para um real desempenho de sua função
estivesse cincunscrito apenas nos hospitais com atenção de
média e alta complexidade. Assim como uma palestra no
posto de saúde sobre o necessário cuidado com os pés diabéticos poderia evitar
futuramente uma intervenção de emergência, também na segurança pública,
valorizando mais a prevenção do que a repressão e a punição (muitas vezes
arbitrária) se evitaria muitos efeitos colaterais e se geraria menos demandas.
Resta
apenas uma certeza, há muito que ser feito, caminhamos em políticas públicas,
se tem buscado uma melhoria do funcionamento desses dispositivos para aumentar
a eficácia dos mesmos, entretanto, é preciso muito mais investimento, sem negligenciar
a educação que tem sido tão mal tratada neste país, para que a justiça ao
julgar, o policial ao agir, sejam mais justos, certamente ainda temos muito que
caminhar... Justiça abandona esta espada!!
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Liberdade de Crença
A necessidade de respeito à diversidade de crença e expressão
religiosa é fator inquestionável, entre os crentes, ateus e agnósticos,
admiráveis são os capazes de professar sua filosofia de vida sem desrespeitar
as muitas outras existentes. Em uma sociedade
democrática, países pretensamente laicos como Brasil, asseguram na
constituição o direito a liberdade de expressão, entretanto, esses mesmos
direitos demandam deveres, a nossa liberdade começa onde a do outro termina,
não é assim que nos aconselha o sábio ditado?
Desde que as discussões sejam saudáveis, sem se prenderem de
forma tacanha a qualquer sorte de radicalismo e consequente ridicularização do
próximo é que é possível e assegurada à liberdade de expressão, a justa medida
será sempre o respeito, o qual representa uma árdua conquista, sendo inclusive
sinal de maturidade de quem assim age. Afinal, o homem certo de suas convicções
não precisa desprender energia desqualificando a crença ou descrença alheia,
muito menos desgastar-se em proselitismo religioso com idéias salvacionistas,
certamente é necessário o meio termo, o bom senso, para que não
caia em fanatismo.
Quando surgem especialmente na Europa e nos
EUA termos como islamofobia, representando um sentimento de repulsa aos
muçulmanos e aos adeptos do islã como se todos fossem terroristas, ou quando
aqui no Brasil pesquisas realizadas por fundações como a Perseu Abramo em 2009
revelam o grande nível de intolerância dos brasileiros diante dos cidadãos que
se declaram ateus, comparando o grau de discriminação ao que sofrem os usuários
de drogas, é interessante perceber como o preconceito obstrui a razão e
limita a visão.
Claramente existem muçulmanos éticos que vivenciam os dogmas de sua religião sem fundamentalismo, assim como pelo fato do indivíduo ser ou não ateu não há relação direta ou indireta que implique em bom ou mau caráter. Inclusive existem ateus que na vivência de sua cidadania são bastante crísticos, os budistas, por exemplo, mesmo dissociados da dimensão deísta, são extremamente espiritualizados, guardando semelhanças impares com os cristãos em sua forma ética de refletir, questionar e propor melhorias no nosso modo de viver em sociedade.
Outros ainda, não budistas, seguindo a mesma lógica ética, ao
proporem melhorias e fazerem reivindicações pertinentes, são muitas vezes os
agentes protagonistas de grandes revoluções sociais como Karl Marx e de
significativa contribuição científica como Albert Einstein, Thomas Edson,
Dráuzio Varela... E tantos outros igualmente identificados a lutas de valores
humanitários (o que se coloca como ideal infinitamente maior a essa
diminuta questão de crença) fortalecendo o time dos que sobrepujam as
necessárias transformações sociais.
O questionamento válido talvez seja nos perguntarmos o quanto
a partir desses diferentes caminhos estamos sendo capazes de contribuir
na construção de sujeitos éticos, cidadãos críticos, consciente de
seus direitos e de deveres. Toda a sorte de intolerância deve ser vivamente
combatida, porém, é claro, não com a recíproca em igual moeda. Viva a
diversidade e o respeito às demandas existenciais de cada um, com
suas respectivas convicções a lhes fornecer e garantir um modo próprio de ser e
estar no mundo.
Somos semelhantes e não iguais, as diferenças fazem parte,
precisamos aprender a conviver com elas, se quisermos melhorar o lamentável
quadro de intolerância que se encontra em nível mundial, não será impondo nosso
ponto de vista. Ao sair em busca das transformações sociais, é preciso estar
aberto ao diálogo e alicerçado sob valores humanitários, a fim de que uma
pretensa certeza, não se torne apenas um pretexto para a manutenção das
pequenas picuinhas do dia-a-dia até as grandes guerras. O respeito à
liberdade de crença significa o reconhecimento dos diferentes caminhos que o livre
arbítrio nos permite trilhar e nesse sentido, não há certo nem errado, melhor
nem pior, apenas o sapato que melhor nos cabe no pé, a roupa que ao vestirmos
nos sentimos mais confortáveis neste momento existencial.
domingo, 16 de setembro de 2012
Aspiração
Lá todos são amigos,
São todos irmãos,
Lá não tem
vaidade,
Só bem querer,
Desfez-se a ilusão.
Lá o homem é tão
livre como o pássaro,
Suave e plena criatura...
Lá já se operou a revolução,
Não se usa mais armadura.
Cada palavra é a própria inspiração,
Há alma em tudo o
que se faz e se diz.
Lá bate mais forte o coração,
E o homem finalmente é feliz.
Desfeitos os nós,
Tecidos os laços,
Cada olhar é um aconchego,
Um abraço.
O que se tem lá,
Anseio que se
construa aqui,
Para alma viver mais leve,
Poder sonhar e sorrir.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Conselho de Mãe I
Ainda não inventaram lápis que façam os
olhos brilharem, nem sombras que iluminem o olhar, muito menos batons que façam
os lábios sorrirem, então, pinta a face, mas, não te esqueças de colorir a
alma.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Conselho
Desfaz essas amarras,
Não acredites em tábuas de salvação,
Seja qual pássaro de asas largas e voa
livre na amplidão.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Oásis
Deserto não é apenas este
seco lugar,
Deserto também é o mar,
Toda essa água e minha
sede não mata.
Fome? Ora meu bom homem,
Nem mesmo a mesa mais
farta,
O banquete mais
requintado,
Pode me alimentar.
Minha sede e minha fome,
Somente o amor pode aplacar.
E digo sem temor, como
poderia negar:
Almas foram feitas para
amar!!
E não o reduza ao vão
romantismo
Que de tal modo, o
profanas,
Quero o amor que a todos
os homens irmana.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Entrega
Ter-te aqui diante dos meus olhos
Sob
tão colorido matiz,
Diz
senhor deste pobre coitado,
Serei
eu digno de ser tão feliz?
Doravante
meu nome é incapaz de me descrever,
Já
não me contém e nem poderá deter.
Acaso
a alma cabe na palma?
Vida,
apenas me chame amor!
E
agora, assim, infindo,
É
como o mar revolto
Que
em ti encontrou calmaria,
Tu
és meu ninho, meu lar, meu porto.
Sou
livre prisioneiro minha nobre senhora,
E
a ti, todos os hinos de adoração,
Todas
as flores do jardim,
O
canto do sabiá, inteiro meu coração.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Pensando Bem...
A busca do
autodesenvolvimento implica em responsabilidades, pois, nenhuma conquista cai
do céu ou ocorre de maneira gratuita, muitos são os desafios a si vencer, somos
convidados a olhar para si sem vergonha ou pudor a fim de compreender como se
dá o nosso funcionamento, reconhecendo quais as nossas reais demandas para
crescer. De certo, são desafios que só podem ser vencidos, etapa após etapa
mediante comprometimento, onde cada fase nos exige o pleno desenvolvimento de
nossas habilidades, só assim é possível seguir adiante rumo a novas conquistas.
Nessa imersão nos
deparamos com forças e fragilidades em um jogo complexo de sombra e luz. Árdua
tarefa, duras batalhas e claro sempre há suaves refrigérios durante a jornada.
Aqui estamos nós passando por transformações que pouco a pouco nos dão uma
melhor compreensão da vida, temos a chance libertadora de recomeçar, de caindo
levantar e continuarmos a seguir, vamos percebendo ser mais saudável
estender a mão ao invés de apontar o dedo e que isso não implica em nenhuma
condescendência.
Há muito que vencer, os
olhos veem e não conseguem enxergar, ainda se fixam sobre o invólucro da
aparência, percebendo atributos físicos ou financeiros, distinguindo pessoas
pela cor da pele, textura de cabelos, vestes ou calçados, nacionalidade,
em fim... Presos à rótulos e títulos, ditados
pela beleza ou falta dela, determinamos o modo de tratamento ao semelhante. Em
países como o Brasil, vivenciamos uma ditadura sexista cuja as formas físicas
nos reduzem a uma mera esfera de desejante ou objeto de desejo sexual. Trata-se
de uma cegueira profunda, temos muito que caminhar para transformar essa
situação e sair desse nivelamento superficial.
Um dos
maiores desafios é a sexualidade, essa energia vital, força que pode ser
canalizada de muitas maneiras e claro utilizada de modo convencional (durante
as interações amorosas), é sempre fortuita e revitalizante desde que não sirva
a um mero instinto que reduz o homem a sua dimensão animal, uma vez que este
raciocina, deve colocá-la sobre o crivo de sua razão. Mudar esse paradigma será
trabalhoso, países espoliados como o nosso possuem heranças de exploração
sexual difíceis de suplantar nas primeiras tentativas, mas, não devemos
desanimar, com coragem e determinação é que o homem vence a si mesmo e pode se
superar.
Que em tempos futuros,
nenhum ser humano seja relegado a mero objeto de prazer e manipulação sexual de
outrem, que as relações sejam construídas sobre bases sólidas, de respeito,
amor, confiança e admiração. Não seja o homem vítima dos seus desejos,
manipulando e sendo manipulado por suas carências, que nossas deficiências
sejam sublimadas e se transformem em potencialidades. Que se multiplique o olhar que admira, os abraços fraternos que inspiram
e o gratuito bem querer, viva as relações sinceras porque são essas que fazer
nosso viver valer, que cresça o amor em todas as suas formas e que sem demora
renove o nosso ser, que se multipliquem os laços de amizade, que as conquistas
e alegrias alheias nos tragam felicidade.
O
homem insiste em permanecer na tenra infância, mas, a realidade é que o tempo
de criança já passou, de certo que algo dela precisamos preservar, porém, com
certeza não é a imaturidade. Precisamos desse autoconhecimento para melhor
conviver, trocar, somar, crescer... Sigamos o exemplo da borboleta que ao
se transformar nos atesta a possibilidade de sublimação (desde que queiramos) e
que sem mais demora saíamos dessa cegueira de agora, há tanto o que viver, não
é justo conosco ou com a vida subestimar o potencial da existência.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Eterna Namorada
Ao mirrar-te no espelho
Com espantoso temor,
Pintando os lábios de
vermelho
Pra esconder riso
amarelo,
Perguntei-me sincero
Por onde anda meu amor?
Foi embora a mocidade,
O tempo correu com a
idade
E a velhice chegou.
Como sofre minha amada,
Minha eterna namorada
Não aceita envelhecer.
Dou-lhe flores,
chocolates,
Toda minha devoção,
Lhe declaro meu carinho,
Meu amor, minha paixão.
O que poderei fazer
Para em fim lhe
convencer?
Sofre triplamente
Se ressente dos traços da
idade,
Da juventude guarda
saudades
E tem medo de morrer.
Ora que amor tão sincero,
Nem mesmo a morte é capaz
de abater!
Abandona este suplício
Dai-me um riso colorido,
Não reclama estais sadia.
Continuas forte e bela,
Tal qual quando donzela
E com maior sabedoria.
A família construída
Por muitos laços unida,
Minha querida não é o
fim,
Temos tanto o que
aprender
Este tempo possui
tesouros,
E só quem envelhece os
pode viver.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
E se?
Como seria? Como viveria a sociedade se cada
trabalhador no exercício de suas funções especialmente das esferas públicas
agissem tal qual:
v Limpadores, os
famosos “garis” que varrem eximiamente os espaços que lhe são conferidos.
v Motoristas que param
no ponto e respeitam o tempo dos idosos para “escalar” os degraus de certos
ônibus.
v Médicos e enfermeiras
que buscam para além de combater a doença, promover a saúde e não limitam o
paciente a um mero corpo humano.
v Professores por
vocação, determinados a contribuir mesmo
que seja com um tijolo na construção de um cidadão de consciência crítica.
v Funcionários que não
usurpam minimamente da máquina pública utilizando os bens para fins pessoais e
que atendem com respeito os cidadãos.
v Policiais por missão
que não se arvoram em serem ferozes juízes a decidir quem vive ou quem morre e
preferem a ação preventiva.
v Juízes e delegados
justos, com autoridade, mas, sem autoritarismo.
v Políticos
incorruptíveis, engajados e sem politicagem.
*Até pode parecer utopia, mas não, esses
funcionários existem, entretanto, ainda não são maioria e pra que assim se
tornem é fundamental:
v Um governo (enquanto
instituição) que se preocupe tanto com o IDH quanto se preocupa com o PIB.
v Salários e carga horária justos (sem necessidade de lançar mão de
vergonhosas horas extras), dando condições dignas para o pleno exercício da
profissão.
v Educação de qualidade (base
fundamental de todo desenvolvimento) sem a qual é impossível a formação de
profissionais que desenvolvam para além da técnica, o comprometimento ético com
o desempenho de suas funções.
* Quando alcançarmos este patamar com certeza
teremos uma “máquina pública” eficiente e saudável, onde cada servidor poderá
gozar de saúde integral (física, psicológica e emocional), sem terminar
conduzido a uma luta inglória para ser aposentado por alguma invalidez ou
transtorno junto ao INSS.
*De certo que tudo isso se aplica as esferas
privadas e as que serão privatizadas.
domingo, 8 de abril de 2012
O Pedido
Oh cândida face de
suaves expressões,
Teu sorriso é capaz
de arrebatar multidões.
Oh nuvem branca do
meu céu.
Tua pele é morena,
Tua voz tão serena,
Parece canto de sereia
Arrebatou meu coração,
Sou peixe em sua rede,
Pesca rendida em suas
mãos.
Não há sol, nem luar,
Brilhas mais que as
estrelas,
Eis maior que o mar.
Passaria a vida toda
ao lado seu,
Aceita flor do meu
jardim,
Diz sim ao pedido
meu.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Amor
Há quem diga que o amor é um jogo
de interesses, que amor só de mãe, os mais descrentes chegam a dizer que o amor
não existe que ninguém ama ninguém. Talvez por ás vezes ser utilizada de modo
superficializado ou por ser confundido com paixão ou gostar, é que a palavra
amor pode soar como palavra gasta.
Em que pese o abuso do uso da
palavra, em nenhum momento ele atinge o amor, que é claro, existe e resiste,
não apenas como um sentimento a unir corações apaixonados, mas como uma força
vibrante, intensa, nada frágil e absolutamente transformadora.
O amor é casado com a esperança,
por isso andam sempre de mãos dadas, ele inspira os revolucionários, embasa os
mártires e alimenta os sonhos, a fé, a vida. Tem um olhar pra lá de especial,
ele ver no mendigo um cidadão, pro criminoso, reabilitação, a família é o seu
lar, os amigos sua inspiração, os casais fazem seus olhos brilhar.
O amor é forte e assim de mãos dadas com a
esperança, com a pureza e a sinceridade de um criança, uni contrários, nobre
guerreiro, transformador, de todos é o maior revolucionário.
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